O Flamengo respira na Taça Rio. Com o alívio da primeira vitória de Jorginho no comando da equipe, mas sem uma atuação convincente e que agrade ao torcedor. Na noite desta quarta-feira, o Rubro-Negro até que finalizou muito (24 vezes), mas sofreu para virar o jogo sobre o Bangu. O placar de 2 a 1 ameniza o clima, a pressão e dá mais tranquilidade para os próximos desafios. E mais moral para Rodolfo, de 19 anos. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Carlos Eduardo e foi o responsável por dar nova cara ao time, que esteve modificado nesta quarta: não contou com Léo Moura e Ibson, teve Luiz Antonio improvisado na lateral direita, e Gabriel titular no setor de criação.
Rodolfo, com uma bomba na gaveta, fez seu primeiro gol no time principal rubro-negro. Desta vez, Hernane não estava junto para roubar a bola açucarada, como fez contra o Nova Iguaçu, na quinta rodada da Taça Guanabara. João Paulo, já no finzinho, também fez seu primeiro pelo Fla, em falta batida para a área que Ives desviou contra a própria meta. A arbitragem, porém, deu o gol para o lateral-esquerdo. Sérgio Júnior havia anotado o gol do Bangu, logo no início do jogo.
A renda somou R$ 23.630, para um público pagante de 1.222 pessoas (1.660 presentes). Com a vitória, o Flamengo chegou a quatro pontos no Grupo B da Taça Rio e aparece na terceira colocação. O Bangu é penúltimo, com dois.
- As coisas não estavam acontecendo. A equipe veio de derrota na semifinal, perdeu o primeiro jogo, jogou razoavelmente na minha estreia. Estávamos mandando no jogo, tomamos um gol bobo. E é típico do Flamengo a raça. Esse é o espírito. Mas teve qualidade, tivemos oportunidades. Só faltou a conclusão final, mas a coisa vai acontecer - avaliou o técnico Jorginho, logo após o jogo.
O Flamengo volta a campo neste domingo, como mandante, em Moça Bonita. O adversário será o Audax Rio às 16h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Bangu visita o Resende, no Estádio do Trabalhador.
Gol relâmpago, falha de Luiz Antonio e vaias
Com defensores que jogam há mais de um ano juntos, o Bangu mostrou organização defensiva e deu trabalhou ao ataque do Fla, pouco criativo quando precisa furar barreiras. Com Rafinha bem marcado pelos adversários, Carlos Eduardo apagado e Hernane recuando excessivamente para buscar o jogo, coube a outra aposta do técnico aparecer. Gabriel se movimentou bastante dos dois lados do campo e criou as melhores chances. Faltou acertar a pontaria. Em duas oportunidades, saiu na cara de Getúlio Vargas, mas tirou demais do goleiro. Para fora, aos 14 e aos 41. O cenário da estreia de Jorginho se repetiu, e as vaias surgiram já no intervalo.
Rodolfo muda o jogo, e Fla vira com gol contra
O descontentamento da torcida foi o mesmo do comandante rubro-negro. Logo de cara no segundo tempo, trocou Luiz Antonio por Renato e deslocou Elias para a ala direita. Sem lateral-direito de ofício no banco, novo improviso. Outro que deixou o campo, sem ser notado, foi Carlos Eduardo, que deu vaga a Rodolfo. E o jovem foi o responsável por acordar um Fla que agonizava por criatividade em campo. Aos 20, ele recebeu de Rafinha na entrada da área, de costas para o gol, girou e colocou a bola no ângulo de Getúlio Vargas. Foi o primeiro gol do meia-atacante no time principal do Flamengo. E foi um golaço.
Como um passe de mágica, o Rubro-Negro cresceu no jogo. Virou pressão. Mas a única coisa que não mudou foi a pontaria. Debaixo do gol, Renato chutou por cima do travessão após escanteio. Rafinha invadiu a área e finalizou à direita da meta alvirrubra. E Nixon, que entrou no lugar de Hernane, perdeu a chance mais clara: livre na área, recebeu ótimo passe de Rafinha, mas concluiu para fora na saída de Getúlio Vargas.
O único que acertava o gol era Rodolfo. Aos 24, ele aproveitou um arremate cruzado de Renato e escorou na área, mas Getúlio fez grande defesa com os pés. E quando o jogo encaminhava-se para um empate, João Paulo cobrou falta para a grande área, Ives raspou a cabeça na bola e marcou contra. Na súmula, o árbitro deu o gol para o lateral-esquerdo. Desespero alvirrubro, festa rubro-negra. Sem vaias.
Fonte: Globo Esporte
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