quarta-feira, 20 de março de 2013

Sob forte chuva, Avaí e Criciúma ficam no 2 a 2 na Ressacada

A água que molhou Florianópolis e o gramado da Ressacada não esfriou os ânimos de Avaí e Criciúma. Mas ninguém conseguiu vencer. Empate em 2 a 2 de bom tamanho pelo jogo, mas que frustra os treinadores. Ricardinho pensava na estreia avaiana com triunfo. Vadão queria a primeira no comando do Tigre. Mas a chuva ‘aguou’ os planos dos dois, que ainda não empolgaram seus torcedores no Campeonato Catarinense.



O que o técnico Ricardinho planejava para a sua primeira vez na área técnica foi por água abaixo com a chuva que não dava trégua. Antes do ponteiro completar o primeiro giro, o Criciúma estava na frente. O gramado pesado não esfriou os ânimos dos times. O Avaí conseguiria o empate, mas o Tigre terminaria na frente em um primeiro tempo com estocadas precisas da equipe vestida de preto e insistência dos azurras. Na etapa derradeira, os donos da casa manitveram-se ousados. Empataram logo no início do segundo tempo e poderiam ter feito mais. Porém, os times naufragaram na água.

Ambos, com quatro pontos em três jogos, mantêm a luta por vaga nas semifinais do no fim de semana. No sábado, às 16h, o Criciúma, que está em quarto, joga em casa, no sul de Santa Catarina, para receber a Chapecoense, já garantida na fase mata-mata. O confronto que abre a quarta rodada do returno será no Heriberto Hülse. No mesmo horário, mas no domingo, o Avaí, terceiro, vai a Jaraguá do Sul para o enfrentamento com o Juventus, no João Marcatto.

Gol-relâmpago e Tigre na frente


Nem a chuva que molhava Florianópolis e encharcava o gramado da Ressacada esfriaria a premissa do confronto. Jogo quente diante das necessidades dos dois times em darem a primeira vitória para seus treinadores. Quando a bola rolou, ficou claro, ainda antes do primeiro minuto, que seria uma batalha dura. Lateral-esquerdo do Criciúma, Marlon cobrou arremesso manual dentro da área. Pablo desviou de cabeça e Alef, também defensor do Avaí, bateu com a perna antes do balão encontrar as próprias redes. Gol contra e a favor do Criciúma.

O duelo só não entrou em ebulição porque a bola insistia em parar nas poças. Por causa dela que Roberson não conseguiu o melhor arremate para empatar. Marquinhos, craque-bandeira avaiano e com a camisa 200 às costas, botou o atacante na cara do gol. Mas a enfiada perdeu força e se tornou um convite para o goleiro Bruno sair nos pés do jogador, aos 10. Dois minutos depois, ele caiu perto do poste direito para acompanhar a bomba de Alê se perder pela última linha. O empate, no entanto, não tardaria.


Reis Gol Avaí Criciúma (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)De cabeça, Reis marca o empate, 1 a 1 no decorrer
do primeiro tempo (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)
Reis foi alvo de falta dura de Fabinho, na ponta direita do ataque azurra. Fabinho recebeu cartão amarelo e Marquinhos a bola para levantar na área. Aos 16, ele botou no segundo pau. O arqueiro do Tigre saiu junto com o zagueiro e nenhum dos dois tocou e afastou. Quase debaixo do travessão, ficou fácil para Reis cumprimentar as redes desguarnecidas. Mas a igualdade durou pouco. Quatro minutos depois, o Criciúma voltou à frente.

Além das poças na área avaiana, o lateral-direito Gustavo se atrapalhou com a própria bola. Canelou a redonda e a transformou em assistência. Quando a bola apareceu em Lins, ele fez como o jogador de azul e branco deveria ter feito. Pegou de direita, de primeira e com força, mas para arrombar as redes rivais e fazer 2 a 1. Resultado que não fez o Avaí esmorecer. Reis finalizou três vezes ao gol. Nas duas primeiras, Bruno evitou. Na última, ele botou dentro, mas o impedimento foi anotado. Ricardinho, que entrou no lugar do lesionado Eduardo Costa, também teve chance. Porém, na corrida, pegou embaixo e botou por cima, antes do apito que decretava o intervalo.

Incisivo, Leão alcança empate


O intervalo fez bem ao Avaí. O técnico Ricardinho colocou Danilo e deixou as formações iguais, os dois times com três atacantes. A eficácia seria comprovada em pouco tempo e a igualdade também estaria no placar. No quarto minuto da etapa, Reis mandou da ponta para meia lua, para Roberson. Ele pulou, dominou no peito e a marcação encostava. Antes que lhe tomassem a pelota, bateu consciente e certeiro. Rente ao poste esquerdo de Bruno, pelo lado de dentro. Eram dois gols para cada lado. Os donos da Ressacada mantinham a defesa do Criciúma em alerta. O outro time tentava a jogada certeira e letal.


Avaí Criciúma Diego Renan Reis Fábio Ferreira (Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)Fábio Ferreira tenta conter a ofensiva azurra
(Foto: Jamira Furlani / Avaí FC)
Como o piso não beneficiava o toque de bola tricolor, Vadão tentou emplacar a dupla ‘torres gêmeas’ no ataque criciumense. Marcel recebeu a companhia do corpulento Giancarlo. Era para tocar a bola por dentro e por cima da área avaiana. Mas aos 30, foi o azurra Danilo chegou junto dos marcadores com o balão entre os pés e arriscou. Arrancou calafrios do goleiro Bruno, que assistiu à bola passar perto de seu ângulo esquerdo. O Criciúma parecia não ter mais forças para voltar a frente do marcador. Mostra disso foi o escanteio (não) cobrado por Marlon. Bateu fraco e rasteiro direto para fora. Nem colocou a bola em jogo.

Faltando cinco minutos para o final, começava a faltar pernas para os dois times. A maioria dos 2.294 torcedores também perdeu a perspectiva de ver os donos da casa na frente. Aos 42, Giancarlo teve a chance do gol fatal, mas o atacante do Criciúma mandou sobre o gol. Poderia ter sido o da primeira vitória de Vadão. Empate de bom tamanho pelo que foi o confronto, mas ruim pela necessidade dos clubes no Catarinense e seus treinadores.


Fonte: Globo Esporte

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