domingo, 1 de setembro de 2013

Flamengo vê a mesma empresa da briga por Maracanã como parceira em projeto para a Gávea

Enquanto o conselho diretor Flamengo bate de frente com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A. pelo acordo assinado para a utilização do estádio, há no clube uma ideia de fazer com que a Odebrecht seja uma parceria do Rubro-Negro e auxilie reforma do estádio da Gávea, para que ele se transforme em uma arena multiuso. O problema é que a mesma Odebrecht vista como aliada é a empresa que detém 90% do controle do Maracanã S.A. e está sendo questionada pelo clube.

O projeto Gávea já chegou a ser discutido em reunião do conselho formado por conselheiros e ex-presidentes, que tem uma ligação direta com a cúpula, e tem o apoio de alguns setores do clube. Nomes como Hélio Ferraz e Márcio Braga, ambos ex-mandatários do Fla, são entusiastas do projeto.

Em uma proposta inicial, a Gávea teria capacidade de 20 a 30 mil lugares. É o limite visto como ideal para receber jogos de pequeno porte, como os que acontecem no Campeonato Carioca. O local teria assentos populares, mas a principal aposta seria em uma ampla área VIP, possibilitando a viabilidade econômica da empreitada.

O projeto inclui ainda um conceito de “boutique“, uma vez que faria da sede – localizada em um bairro residencial – um bom programa com a família, com diversas opções, como restaurantes.
Já nas partidas com uma expectativa grande de público (40 mil pessoas é um número tido como exemplo nas discussões internas), o Flamengo utilizaria o Maracanã.

– O Maracanã é a solução ideal, mas é um estádio que precisa ter um ponto de equilíbrio. Aproximadamente, ele fica rentável a partir de 30 mil pessoas – disse Hélio Ferraz, que é membro do conselho de ex-dirigentes.

No decorrer da semana, dirigentes do Fla devem voltar à mesa de discussões com o consórcio que gere o Maracanã para buscar um novo acordo para uso do estádio. E vão falar da Gávea também?
Antigo projeto gerou polêmica com moradores

Em um projeto anterior de se construir um estádio na Gávea, o clube não conseguiu avançar, dentre outras coisas, por conta da Associação de Moradores e Amigos do bairro do Leblon ser contra.
Assim como a ideia, a polêmica também não é nova. Em 2005, o então presidente da associação, José Fontes, criticou a solução encontrada pela diretoria

– O trânsito no bairro já é ruim e esse centro, com lojas, cinemas e restaurantes, vai piorar a situação, principalmente na Rua Mário Ribeiro. Sou torcedor do Flamengo e quero o melhor para o clube, mas um complexo como um shopping não é a melhor solução – disse na época.

Prefeito do Rio em 2005, Cesar Maia se mostrou a favor do projeto e garantiu que tudo foi trabalhado dentro parâmetros urbanísticos legais e necessários.

Especialistas em engenharia de transportes também se mostraram contra a ideia de um estádio na Gávea.

Fonte:LanceNet

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