terça-feira, 7 de maio de 2013

Doping de Michael é por cocaína; jogador confessa, e Fluminense não pedirá contraprova

Michael comemora o primeiro gol tricolor na partida

O diretor executivo do Fluminense, Rodrigo Caetano, confirmou na tarde desta terça-feira a substância que incriminou o atacante Michael no exame antidoping na partida contra o Resende, no dia 6 de abril: cocaína.

"Estamos aqui para confirmar o que vocês já sabem. Viemos aqui para confirmar mais um caso de doping no grupo, infelizmente: o atacante Michael, por cocaína. O atleta será encaminhado para o departamento médico para fazer um tratamento e para o departamento jurídico para que sejam tomadas as providências", anunciou o dirigente, em entrevista coletiva durante o treino desta terça nas Laranjeiras.

Acompanhado pelo vice-presidente de futebol, Sandro Lima, Caetano revelou também que o Fluminense não pedirá a contraprova, já que o jogador confessou o uso da droga.

"Nós fomos notificados ontem à tarde pela federação. Depois nós chamamos o atleta, que confirmou o uso. Por isso nós optamos por não fazer a contraprova, que seria realizada na quinta-feira, e sim iniciar o encaminhamento, como eu disse, tanto para o departamento médico quanto para o departamento jurídico", completou.

Comparação com Casagrande e foco recuperação do jogador

Caetano e Sandrão atribuíram o episódio a questões sociais e citaram o caso do ex-jogador Casagrande, que acaba de lançar uma autobiografia relatando a sua luta contra a dependência em cocaína.

"Sempre ficamos surpresos principalmente quando se fala de mundo esportivo. Mas não é o primeiro caso. É um debate amplo, que nós e vocês da imprensa temos que levar. Há pouco tempo saiu o livro do Casagrande no qual ele conta que era um dependente químico e até hoje precisa de tratamento. Precisamos agora orientar e ver como vamos cuidar desse caso. Eu sinceramente nunca tinha visto um caso desses aqui no Fluminense", lamentou Sandrão.

Os dirigentes, no entanto, garantiram que o clube dará apoio integral a Michael. O jogador, de apenas 20 anos, será suspenso preventivamente por 30 dias antes de ir a julgamento, e deverá ficar afastado dos campos por até dois anos.

"O Michael está há dois anos no clube, e a informação que nós temos é que é um menino que vem de uma classe social muito baixa, e o sucesso realmente pode ser algo complicado. Mas eu não quero entrar nessa discussão porque não sou da área, tudo que eu falar será achismo. Todos nós estamos sofrendo e ele mais ainda, que acabou de ser convocado para a seleção brasileira. Por isso que vamos acompanhar tudo e esperar que ele volte a defender o Fluminense logo", afirmou Sandro.

"Tomara a Deus que nós possamos reverter isso e olhar para trás lá na frente e ver que o Fluminense Football Club colaborou com a carreira de um atleta e com a vida de um ser humano", encerrou.

0 comentários:

Postar um comentário