quarta-feira, 29 de maio de 2013

Após 26 pênaltis, Newell's elimina o Boca e se classifica para aa semi

O poderoso ataque do Newell's Old Boys, dono de 62 gols em 34 partidas no Campeonato Argentino - quatro em cima do próprio Boca Juniors, que jogou com os reservas no último domingo -, não conseguiu balançar a rede sequer uma vez em dois jogos contra a equipe xeneize na Libertadores. Na noite desta quarta-feira, no estádio Coloso del Parque, as equipes repetiram o 0 a 0 do jogo de ida, na Bombonera. Mas nos pênaltis a rede estufou. Riquelme e Martínez, ex-Corinthians, desperdiçaram uma cobrança cada um, o Rubro-Negro venceu por 10 a 9 e garantiu a suada vaga na semifinal do torneio após 26 cobranças, a maior disputa de penalidades da história da competição continental.

O Newell's agora aguarda a definição dos outros classificados para saber seu adversário na semifinal. Se Fluminense e Atlético-MG passarem por Olimpia (Paraguai) e Tijuana (México), respectivamente, os brasileiros terão que se enfrentar devido ao regulamento para evitar uma final com equipes de um mesmo país. Se isso acontecer, o oponente dos argentinos será o Santa Fé, da Colômbia. Caso o Fluminense perca a vaga para o Olimpia, às 22h (de Brasília) desta quarta-feira, o rival dos hermanos será quem passar de Atlético-MG e Tijuana.




Boca anula rival em jogo nervoso

O Boca dessa vez estava completo, mas a goleada sofrida pelos reservas há três dias serviu no mínimo como um sinal de respeito. Nos primeiros 15 minutos, o time da Bombonera jogou com os 11 atrás da linha do meio de campo. Marcação atenta a Scocco, Maxi Rodríguez e Figueroa. Os dois primeiros atacantes foram discretos, enquanto o centroavante sequer foi notado em todo o primeiro tempo. Sem espaço, o Newell's fez blitz de chuveirinhos para a área, mas só conseguiu uma cabeçada com Heinze, sem levar perigo.

Mas o respeito e o foco na marcação não impediu o Boca de atacar. Foram os visitantes que tiveram as chances mais reais de gol. Vez ou outra, Riquelme aparecia livre pelo meio. Numa oportunidade, o craque tabelou com blandi e bateu colocado, perto do ângulo de Guzmán. Depois, Heinze foi providencial ao cortar um cruzamento para Blandi, que já armava o chute de primeira na entrada da pequena área. O time rubro-nero não assustou Orión, mas a torcida sim. Vários objetos foram arremessados no goleiro, que tinha dificuldade de cobrar cada tiro de meta. O clima permaneceu nervoso até o intervalo.

Trave e expulsão salvam o Newell's

O Boca atrasou para voltar para o segundo tempo e irritou os adversários. Valia tudo na batalha. Mais experiente nas táticas de guerrilha da Libertadores, a equipe xeneize continuava cozinhando o rival. Seguia melhor na defesa e no ataque. E sempre com Riquelme. Em jogada individual, o camisa 10 dribou o marcador e cruzou na cabeça de Blandi, que testou na trave de Guzmán. O atacante voltou a aparecer com perigo num escanteio, mas Casco salvou em cima da linha. O gol parecia questão de tempo, não fosse por Clemente Rodríguez. O experiente volante fez falta para impedir o contra-ataque do Newell's e levou o amarelo. Irritado, peitou o árbitro Germán Delfino e foi expulso.

Mudou tudo. Carlos Bianchi sacou Blandi e colocou o meia Zárate. E o dominante Boca passou a ser ainda mais cauteloso e voltou a jogar com todos no campo de defesa. Também começou a fazer cera. O empate sem gols, que levava a decisão para os pênaltis, tornou-se agradável. O Newell's tentou pressionar, mas estava difícil para chegar na área visitante. O jeito era arriscar de longe, e assim quase Mateo surpreendeu. A bomba passou pertinho do ângulo. Nos minutos finais, quando a zaga já não tinha mais pernas, Orión salvou e levou a disputa para as cobranças alternadas.

Fonte: Globo Esporte

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