O São Paulo não jogará a Taça BH de Futebol Júnior em 2013. O time decidiu ficar fora de uma das principais competições da categoria sub-20 alegando coincidência de datas com o Campeonato Paulista para jogadores dessa mesma faixa etária. A competição em Minas Gerais será disputada entre os dias 17 de julho e 4 de agosto, enquanto que o Estadual tem a primeira fase marcada para começar 17 de maio e terminar no dia 24 de agosto, com fases seguintes para serem disputadas depois disso.
Vale destacar que a mesma coincidência já aconteceu nos torneios do ano passado. Na época, os tricolores entraram nas duas disputas. Até por isso, times que participarão da Taça BH afirmam que o São Paulo deixou a competição por medo de sofrer o boicote prometido por diversos gerentes de categorias de base pelo Brasil.
Em entrevista ao UOL Esporte, o diretor de futebol são-paulino, Adalberto Baptista, negou qualquer medo de boicote e disse que o elenco do sub-20 não é grande a ponto de disputar as duas competições.
“A gente não vai disputar a Taça BH por causa do calendário. Vamos ter outra competição ao mesmo tempo e ficaria apertado para o nosso time sub-20”, disse Adalberto. “Não tem nada a ver com boicote, com rixa com ninguém. É só de calendário”, completou.
A desistência acontece em meio a uma grande polêmica envolvendo as categorias de base dos times brasileiros. O São Paulo tem sido alvo de críticas ríspidas e acusações de aliciamento de jogadores. Por causa disso, times como Coritiba, Vasco, Flamengo, Guarani, Palmeiras, entre outros, prometem boicotar qualquer competição em que a equipe do Morumbi se inscrever.
A Taça BH tem como um dos participantes mais fortes o Atlético-MG, time que tem André Figueiredo como gerente de base. Ele e Adalberto Baptista trocaram farpas pela imprensa recentemente.
Em relação às acusações de aliciamento, os são-paulinos se defendem afirmando que agem só na legalidade e que não reconhecem a associação que lidera esse movimento por ética nas categorias de base, a Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol). Segundo Adalberto, essa organização vive alguns conflitos de interesse e dá guarida para empresários que se aproveitam da fragilidade das leis do futebol não profissional brasileiro.
Fonte: UOL Esportes
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