Pelas quartas de final, o Corinthians goleou a Ponte Preta por 4 a 0 no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e avançou à semifinal do estadual, diante do São Paulo. Para a Macaca, restou o Torneio do Interior como 'consolação'. Além disso, restou também dor de cabeça. Seriam julgados nesta segunda-feira, dia 6 de maio, no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP), Baraka e ainda o clube, por problemas envolvendo a torcida nas arquibancadas. Diante da Terceira Comissão Disciplinar, o advogado do clube, Marcelo Góes, pediu o adiamento, sendo este deferido. O caso deverá ir ao mérito na próxima segunda-feira, dia 13 de maio.
O Corinthians já vencia por 3 a 0 quando as coisas se complicaram mais ainda para a Ponte Preta. O árbitro Raphael Claus expulsou Baraka por "pisar em seu adversário de número 31, Sr. Romário Ricardo da Silva imediatamente após a marcação de uma falta", aos 14 minutos do segundo tempo, com cartão vermelho direto.
Com isso, Baraka responderá ao artigo 254-A, § 1º, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - "praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente. Constituem exemplos da infração prevista neste artigo, sem prejuízo de outros: desferir chutes ou pontapés, desvinculados da disputa de jogo, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido", que prevê suspensão de quatro a 12 partidas, sendo descontada a automática.
O caso mais grave em âmbito jurídico foi para a Ponte Preta responder. "Informo que aos 32 minutos de partida, na comemoração do primeiro gol do Corinthians, foi atirado um isqueiro branco, vindo das arquibancadas que se encontravam a torcida da Ponte Preta. Não conseguimos identificar a pessoa que atirou o isqueiro. Fato este, relatado pelo árbitro assistente adicional 2, Sr. Leandro Bizzio Marinho", relatou o árbitro em súmula.
Pelo lançamento do objeto, a Ponte Preta responderá ao artigo 213, incisos I e III e § 1º, também do CBJD - "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: desordens em sua praça de desporto e lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo", que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil, com o agravante do parágrafo primeiro - "Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas".
No último domingo, dia 5 de maio, com a vitória de 1 a 0 em cima do Linense, a Ponte Preta conquistou a classificação para as finais do Troféu do Interior do Campeonato Paulista. A decisão contra o Penapolense será feita em dois jogos, o primeiro em Penápolis e o segundo em Campinas. Caso punido na próxima semana com perda de mandos de campo, a grande final não será alterada, uma vez que não terá tempo hábil de não ferir o regulamento da competição, que aponta a necessidade de cinco dias úteis para uma mudança de local antes da partida. A final do Paulistão será decidida entre Santos e Corinthians.
Fonte: UOL Esporte - Justiça Desportiva
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